quinta-feira, 11 de março de 2010

Para Dado Cavalcanti, time soube superar ansiedade do início do jogo

Apesar da vitória por 3 X 0 que garantiu a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil, o Santa Cruz não encontrou um jogo fácil diante do América/AM. Para o treinador Dado Cavalcanti, o Time sentiu dificuldades no início do jogo, mas soube superá-las a fim de garantir o bom resultado.

Em entrevista coletiva concedida após a partida, o técnico analisou a postura das duas equipes, além do desempenho de seus jogadores.

DIFICULDADES
“Nós sabíamos que, mesmo buscando o resultado, a principal característica do América era jogar defensivamente e explorar os contra-ataques. Sabíamos também que eles iam jogar nos nossos erros e por isso a dificuldade no início do jogo, quando não poderíamos errar”, disse Dado Cavalcanti.

Durante boa parte do primeiro tempo, o Tricolor do Arruda criou várias chances, mas não conseguia abrir o placar. Além disso, o time precisava redobrar a atenção para não tomar gols, o que mudaria a história da partida. “Cometer um erro grave no início poderia proporcionar um gol do adversário e isso iria tumultuar muito nosso ambiente interno, provocar um desequilíbrio, por isso a ansiedade dos jogadores em tentar resolver logo e fazer gols.

ACOMODAÇÃO
Com a vitória por 2 X 0 construída no primeiro tempo, o Santa Cruz só precisava administrar a vitória para garantir a classificação, por isso houve uma acomodação natural dos jogadores, como explica o treinador. “Os jogadores vem dando o máximo em todos os jogos desta maratona que estamos. Então, depois de construir um resultado em casa de 2 X0, sabendo que havíamos feito um gol em Manaus, e com um homem a mais, houve um relaxamento natural dos jogadores, o que impossibilitou uma posse de bola mais eficiente.”

Para o treinador, o time se deixou se envolver pela marcação do América. “De certa forma, nos entregamos muito fácil à marcação adversária. Os jogadores não se deslocaram muito sair e receber a bola e fizemos muitas ligações diretas. Isso proporcionou contra-ataques, e era que eles queriam. Mesmo assim, soubemos equilibrar o jogo, não sofremos nenhum tipo de ataque mais efetivo e conseguimos, com um pouco mais de cautela, levar a vitória até o final”, afirmou.

JOGADORES
Perguntado sobre o atacante Brasão, que afirmou não ter tido uma boa atuação, o técnico destacou a sequência de bons jogos feitas pelo grupo. “O brasão não fez um bom jogo como vinha fazendo, mas é preciso deixar claro que nem sempre os jogadores repetirão as boas partidas que foram feitas. É normal que uma equipe oscile dentro da competição, muito mais uma equipe como a nossa, que está se encontrando no campeonato”, disse Dado.

“Nós não somos ainda uma equipe competitiva. Uma equipe competitiva é aquela que erra pouco, e nós ainda abusamos de errar. Então, é natural que haja essa oscilação jogo a jogo”, completou.

MARCAÇÃO
No início jogo, o Santa Cruz também teve dificuldades para utilizar as laterais do campo. De acordo o treinador, o motivo foi a marcação ofensiva dos alas do América sobre Edson Miolo e Gilberto Matuto. “Com um pouco mais de tranquilidade e qualidade, nós poderíamos inverter mais a bola e explorar os espaços deixados pelos alas. Quando eles marcavam muito no nosso campo, deixavam espaços naquele setor e, assim, se criou muitas situações com a penetração do Elvis”, explicou.

Já sobre a marcação feita pelo Mais Querido, Dado Cavalcanti destacou o sistema de coberturas realizado. “Nós não fazemos marcação individual, mas por zona e isso em alguns momentos é necessário. Por isso, o volante Goiano fazia tanto cobertura dos zagueiros como nas laterais. É uma situação natural e que faz parte da rotina da nossa equipe”.

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